Sunday, October 19, 2008

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As cores do outono



Não sei por que razão a mudança das estações me faz parar pra olhar pra vida.
Dentre tantas transformações - algumas até radicais - aqui no Hemisfério Norte, acho que a que mais me encanta é o outono, onde a natureza se recolhe e morre enquando explode em tons de amarelo, alaranjado, vermelho.
Morrer deveria ser cinza.
Pelo menos a gente acha que deveria. Acho que morrer é quando falta ar, falta luz, falta seiva.
Aqui o outono morre em tons vibrantes.
Talvez a gente tenha que tentar entender esta mensagem.

Sting - Watertown 2008

Meu cavaleiro



Ah, as horas que você passa brincando com seus minúsculos Legos, Nicholas...
O tempo parece parar quando eu fico olhando seus dedinhos miúdos procurando as pecinhas certas que vão lhe permitir construir os castelos cheios de personagens e idéias.
Algumas vezes você encara os desafios dos manuais e os segue passo-a-passo, dando conta de esquemas e direções, imagens dos passos que os levarão ao projeto final. Em outras tantas vezes as peças se amontoam e quando eu pergunto no que vai dar você aí me conta uma história, daquelas quase sem fim.
Junto com a montanha de peças vem outra montanha: a de palavras que descrevem o que sua cabecinha ocupada vai planejando enquanto constrói.
Vez ou outra você cantarola ou assobia, dando ainda mais estilo ao que você vai delineando, encaixando, experimentando.
Quero que a vida lhe dê muitas pecinhas, meu filho... e quero que você as saiba arrumar, do seu jeito ou de outros jeitos, mas de um jeito que lhe faça feliz quando o projeto parecer ter ficado pronto.
E se por acaso você não gostar do resultado, sabe o que você faz? Desmonta e começa tudo de novo, nunca se esquecendo que vai sempre ser melhor se você cantarolar!

Amor da minha vida, vou sempre querer que você saiba construir a sua felicidade!

Sempre na torcida,

Sua mãe

Wednesday, October 01, 2008

Sobre os dias

Onde o tempo encontra fôlego para sempre nos vencer ao fim de um dia?
Sobram coisas a fazer e o relógio, impiedoso, olha pra gente com seus ponteiros irremediavelmente afiados e sorri.
Sinto que os dias passam por mim sem a certeza de ter passado pelos dias.
Hoje, por conta de um compromisso fora da rotina, não tive que levar Nicholas pra escola. Brian é o encarregado do transporte escolar nesta manhã de outono em que o céu promete ficar azul mas onde o sol não parece se importar muito mais conosco. O sol está indo esquentar outras gentes.
Arrumei tudo para o café da manhã, acordei o Nicholas com zilhões de beijos como de costume, ajudei que se vestisse (hoje é Brewers' Day na escola dele porque nosso time conquistou uma vaga para disputar os Play-offs e está hoje em Philadelphia) e algum tempinho depois os dois vieram se despedir de mim e saíram.
Que sensação estranha é essa de se despedir do Nicholas.
Vê-lo indo a algum lugar com outros alguéns diferentes de mim é algo que mexe comigo, principalmente quando se trata de um mero item da rotina que a gente tem todos os dias.
Os filhos crescem.
Muita gente pode achar que seja cedo para eu estar me preocupando com tudo isso, mas é fato: eles crescem rápido demais, como se aprendessem o segredo do relógio apressado sem nos contar.
Nicholas é meu amigo, meu moleque mais que esperto, alguém com quem converso sobre coisas muito legais!
Hoje a manhã não vai ter a melodia das músicas que ouvimos juntos no carro.
Hoje vou cantar sozinha.