Por mais que a gente queira fazer do Natal algo mais simples, acaba passando um furacão e atrapalhando um pouco a rotina.
Cookies aqui, compras ali, festa da escola, amigo oculto, quem vai passar o Natal aonde e o que vai levar, quem vem visitar e quando... enfim... roda viva!
Este ano armamos duas árvores de Natal, como no ano passado. Uma delas é artificial onde há os enfeites coloridos, os Keepsakes da Hallmark, os enfeites especiais dos personagens dos desenhos que o Nicholas mais gosta. A outra é um pinheiro natural, decorado todo de branco e dourado, com os meus enfeites mais queridos. Alguns tão pesados que a gente faz questão de sempre checar se a árvore continua em pé... Afinal, os bonitos têm que ficar do lado que a gente mais olha e se o peso ficar todo num lugar só... já era.
Nicholas fica na dele, mas está percebendo tudo que está acontecendo.
Presentes sendo embrulhados, etiquetas, listas.
De verdade o olhinho dele ainda não brilhou com essa história de Papai Noel. Vamos ver se no dia seguinte, quando ele encontrar os presentes embaixo da árvore ele se convence...
Mas uma coisa tem de especial no nosso Natal...
Embaixo da minha árvore dourada, no meio dos outros presentes cuidadosamente embrulhados e decorados, está uma caixa de papelão cheia de fita durex e desenhos por toda parte. Dentro da caixa há o único presente que o Nicholas tomou a iniciativa de fazer: o avião de papel do vovô e da vovó. Tem uma etiqueta dentro (um boneco de gengibre) dizendo pra quem é.
Ele alisa aquela caixa, sempre tentando fazer com que o presente fique melhor, ou o embrulho mais bem feito.
Fico eu olhando e pensando no que o motiva a fazer isso.
É um coraçãozinho pequenininho que já entendeu o que significa saudade.
Do jeito dele ele conta o quanto ama e se importa com aqueles dois.
Na inocência dele está o que verdadeiramente deveria estar dentro de todas as outras caixas, bem embrulhadas, com lindos presentes.
O presente do Nicholas pros avós é o que o Natal deveria significar mesmo.
Ele entendeu que é pra gente cuidar de quem se ama. E amar é assim, a gente faz do jeito que sabe, dá o que tem do jeito que quer.
Eu só não consegui descobrir ainda se o avião foi uma mera coincidência ou se ele queria dizer alguma coisa com ele. Poderia ser qualquer coisa, uma flor, um desenho qualquer... Mas não é. É um avião. Tratando-se de Nicholas, nunca se sabe!
Thursday, December 14, 2006
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