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Monday, December 24, 2007
Monday, August 13, 2007
Ah, cambaxirra, se eu pudesse...
Sunday, August 12, 2007
Todo o sentimento
Sunday, July 15, 2007
A diferença
Saturday, July 07, 2007
À mestra, com carinho
Era quase uma árvore...
Wednesday, March 07, 2007
Delírios de uma brasileira com saudade de casa
Brian garante que quem viu um viu todos, mas eu discordo e, toda vez que há uma chance, lá estamos nós.
Não gosto dos circos do meu tempo de infância porque não acho graça em animais amestrados.
Sou do tempo o Orlando Orfei e coisas assim, geralmente na Praça Onze, no Rio.
Aqui nos EUA já assisti La Nouba duas vezes, Varekai, Corteo e ontem, Delirium.
Sabendo que Delirium seria diferente dos tradicionais espetáculos do circo, preferi não levar o Nicholas.
Delirium é mais um concerto, tem muitos recursos techno, tanto no som quanto nas imagens que são projetadas em dois telões e na fina cortina que em vários momentos do espetáculo separa o palco da platéia.
Pelo que vi no trailler do site, deu pra perceber que a proposta era outra.
Uma grande bola flutua durante a apresentação. Presa a ela um artista, que é o personagem que sonha.
No sonho, os elementos da natureza... tem água, fogo, terra, ar... Há personagens absurdos no sonho, eles se misturam com as imagens projetadas e aparecem como imagens também, a ponto de haver momentos em que você não tem certeza se o que vê nas telas é a imagem de quem está no palco ou imagens previamente gravadas. Música ao vivo.
O nome do espetáculo não poderia ser mais apropriado. Até o personagem principal, num momento do show, olha pra platéia e diz algo semelhante a: “Ainda bem que isso aqui é um sonho, pois é tudo muito esquisito.”
E é.
Mas é bom!
Não é tão bom quanto os outros espetáculos que eu já assisti. Pro meu gosto, os outros são melhores e pelo que já li, bons mesmo nem são os espetáculos itinerantes do Circo, mas os que têm seu local fixo, como La Nouba, em Downtown Disney (Orlando, FL), os de Las Vegas e do Canadá.
Até aí, novidade nenhuma. A essa altura já deve ter alguém se perguntando o que me teria feito escrever esse lero-lero todo pra contar a experiência.
Bem, na verdade, eu me surpreendi ao me deparar, aos primeiros acordes do espetáculo, com uns timbaleiros de primeira. O show começa e termina com música nossa. Nenhuma música conhecida, mas o ritmo é nosso, brasileiro, música cantada em Português, sim. Também não posso garantir que os caras que tocavam sejam brasileiros, ainda que fisicamente haja uma chance enorme, mas não consegui investigar pra saber... Teve percussão da boa, cuíca e tudo!
Quem poderia imaginar?Março em Wisconsin, eu na cidade de Madison com neve pra todo lado, um frio de rachar e de repente começo a ouvir Timbalada?
Meu corpo levou um tranco!
E eu que nunca gostei de timbalada... Não que detestasse, mas nunca liguei, nunca me disse nada...
Mas ouvir timbalada fora de casa não é a mesma coisa. E se eu pudesse teria levantado, subido na cadeira e dançado junto.
Durante o show, mais duas músicas em Português. Desta vez cantadas por dois americanos, que se esforçaram pra disfarçar o sotaque, sem muito sucesso. Amei! Eu que sou a que fala com sotaque... Ouvir sotaque alheio é a hora da vingança!
Uma das músicas tinha uma qualquer coisa de bossa nova, de leve... uma delícia! O show se encerra com outra música em Português e um pessoal meio desarranjado querendo acompanhar o ritmo.
Quem assistia estava achando o máximo...
Eu sabia que eles eram desarranjados. Bons em malabarismos e coisas assim, mas completamente desencontrados pra dar conta do nosso ritmo. Não adianta... Eles simplesmente não conseguem.
Sambar é mais difícil do que qualquer uma daquelas travessuras que eles fazem. Eu falo de cadeira, porque também não sambo nada... mas sei identificar quem samba direito.
Como valeu ter visto coisa nossa num espetáculo tão grandioso, principalmente porque eu não esperava encontrar o que encontrei.
A gente passa ao largo de uma série de coisas que fazem parte do que faz o país da gente ser o que é quando tudo isso pertence ao lugar comum. Muda-se o contexto, o olhar, a saudade e as coisas passam a ter um significado completamente diferente.
É óbvio que eu poderia comprar um CD com música baiana, ouvir Timbalada em discos de uma série de cantores... mas não é isso.
Ter sido descontextualizado trouxe uma surpresa que deu uma saudade enorme de casa.
Voltando pra casa, vim ouvindo Ana Carolina, Chico, Elba num dos meus CDs malucos onde tem de tudo um pouco.
É... É saudade de casa!
Malabarismo eu também faço... encarando este invernão que nunca que acaba, desta vez sem saber quando vou poder ir ao Rio...
Numa das músicas em Português que eles cantaram, uma palavra a gente entendia bem: ALEGRIA.
É isso. Alegria é coisa muito nossa!
Enfim...
Perguntas do Nicholas
Havíamos chegado da escola e a correria pra preparar o jantar já havia começado.
Eu ia fazer peito de frango à milanesa e junto com a tábua de carne estava um martelo de bater bifes, a faca pra cortar os peitos de frango e os peitos de frango.
Corta daqui, tempera dali, marreta de cá.
Nicholas vem correndo lá da sala, olha pra mim espantado e pergunta:
- Mamãe, por que você está matando a comida?
Wednesday, February 14, 2007
Saudades de casa
Ainda que aqui seja casa, casa vai ser sempre o lugar onde eu vivi por tantos anos.
Há dias em que o turbilhão das atribuições de sempre fazem com que sobre pouco tempo pra sentir saudade. A saudade fica assim meio apertada entre a hora disso e a hora daquilo e o ruído da vida faz com que ela se fluidifique e fique menos perceptível.
Há, contudo, dias de infinito silêncio e é nesses dias que a saudade grita.
A saudade é uma dor maldita. Ela machuca fundo e o pior é saber que ela vai sempre estar ali, imbatível. Ainda que se esconda ou se mascare na correria dos dias, ela impõe sua presença e nos avisa, sem perdão, que não vai embora, não.
Há horas em que todos os que estão à volta têm caras estranhas, falam um idioma estranho, comem comidas estranhas, pensam pensamentos estranhos. Não são necessariamente desconhecidos, mas não trazem consigo a etiqueta "casa".
Hoje estou com saudades de casa. Saudades de não sentir saudade.
Saudade de gente, da minha gente, da minha casa, do meu mundo.
Ainda que ele seja um Rio de Janeiro aos pedaços.
Saturday, February 03, 2007
Dorme, meu menino!
Resta um coração
Misterioso
Faz uma ilusão
Soletra um verso
Lavra a melodia
Singelamente
Dolorosamente
Doce a música
Silenciosa
Larga o meu peito
Solta-se no espaço
Faz-se a certeza
Minha canção
Réstia de luz onde
Dorme o meu irmão
Minha canção, de Chico Buarque
Uma pessoa especial
Sexta-feira, dia 2, além de ser o 150º aniversário da Saint Bernard's Catholic School, era também o dia da Pessoa Especial, onde as crianças deveriam convidar um adulto querido para visitar a escola e celebrar a data importante.
A primeira pessoa que veio à cabeça do Nicholas foi o pai, que não poderia comparecer porque não havia tido antecedência suficiente para avisar no escritório que precisaria faltar.
Foi então que ele olhou pra mim e disse:
- A Vovó Nena não pode vir, né, mamãe?
O coração nessa hora aperta. É quando a gente deseja que num piscar de olhos as pessoas que a gente ama estejam ao alcance de um abraço, algo que telefonema nenhum resolve, nem Skype, nem MSN...
Mas, como tudo tem seu lado positivo, o que mais me orgulha é que a distância e o tempo não diminuem a ligação dele com os meus pais, o que me tranqüiliza e me deixa feliz. Afinal, fazer parte do clã dos Portella não é qualquer coisa, certo? E que o Nicholas é um Portellinha sem tirar nem pôr isso a gente também já sabe!
O pijama do Homem Aranha
Estamos em clima de Homem Aranha. Só estamos neste envolvimento todo com o tal do super-herói por conta do trailler do próximo filme. Bastou isso e virou febre.
Até o tema do aniversário que vem aí será Homem Aranha.
Este que vocês vêem no desenho é o próprio autor e seu insubstituível pijama de Spider Man!
Thursday, February 01, 2007
A metade de oito
Brincando a gente vai revelando e construindo conceitos, vai experimentando.
Enquanto se espera por uma mesa em um restaurante a gente conta as pessoas, calcula o tempo e assim a coisa vai.
Outro dia, brincando de dividir, contávamos e conferíamos os resultados.
Chegamos então à metade de oito. Perguntei a ele o que aconteceria se a gente dividisse 8 ao meio.
Ele pensou, pensou, pensou... eu ajudei com os dedos.
Mostrei o total e separei as mãos pra mostrar 4 de cada lado.
Ele então, só pra variar, recusou-se a aceitar a resposta DADA e veio com a sua própria solução:
- Mamãe, se a gente cortar o 8 ao meio, fica um 3 de cada lado!
É... visualmente faz sentido!
:)